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Supertramp

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Mensagem por Sliver Dom maio 04, 2008 12:34 pm

A banda britânica Supertramp consegue dividir opiniões. Alguns tentam encaixá-la no gênero progressivo por causa de “Fool’s Overture”, uma de suas melhores músicas e que tem mais de 10 minutos de duração. Já outros a vêem como pop graças a hits simples como "Dreamer", "Give a Little Bit" e "The Logical Song". Talvez por isso o grupo nunca chegou ao verdadeiro estrelato, a despeito dos 70 milhões de discos que vendeu até hoje. No auge de sua popularidade, os membros do Supertramp podiam andar na rua sem serem reconhecidos, de tão low-profile que eram.
O grupo teve várias formações desde seu início em 1969, patrocinado pelo milionário escocês Stanley August Miesegaes, que juntou os músicos Rick Davies (vocal e piano), Roger Hodgson (vocal, guitarra e teclados), Richard Palmer (guitarra, balalaika e vocais) e Robert Millar (percussão, harmônica). Inicialmente o nome era Daddy, depois mudado para Supertramp inspirado num livro de W.H. Davies, “The Autobiography of a Super-Tramp”.
O recém-batizado Supertramp foi um dos primeiros grupos de rock a assinar com A&M Records inglesa, e o primeiro álbum saiu em Julho de 1970. Apesar das boas críticas, foi um fracasso comercial – tanto que só saiu oficialmente nos EUA em 1977. Richard Palmer, desgostoso, resolveu sair seis meses depois do lançamento do primeiro LP, e Robert Millar teve uma crise nervosa logo em seguida. Foram substituídos por Frank Farrell (baixo), Kevin Currie (bateria) e Dave Winthrop (flauta e saxofone).
O álbum com esta formação, Indelibly Stamped, enfim trazia as marcas registradas da banda: as harmonias vocais entre Davies e Hodgson, e solos de saxofone. Mas também foi um fracasso de vendas, o que fez com que Miesegaes retirasse o patrocínio. Novamente o grupo debandou, restando apenas Hodgson e Davies.
Eles não desistiram. No final de 1972, convocaram o baixista Dougie Thomson, o baterista Bob Siebenberg (que era um americano vivendo ilegalmente na Inglaterra, daí seu pseudônimo “Bob C. Benberg”) e o homem que deu o toque final ao som do grupo, John Helliwell (saxofone e sopros em geral, vocais).



Essa formação lançou Crime of The Century em 1974… e FINALMENTE estourou com “Dreamer”, “School”, “Bloody Well Right” e vários outros hits que se mantém até hoje. O disco seguinte, Crisis? What Crisis? de 1975, não foi tão bem, mas Even in the Quietest Moments, de 1977, botou o Supertramp de novo no mapa dos hits com “Give a Little Bit” e “Fool's Overture”. Breakfast in America, de 1979, trouxe mais sucessos ("The Logical Song", "Take the Long Way Home", "Goodbye Stranger", "Breakfast in America") e vendeu 18 milhões de cópias.
1982 foi um ano estranho para o grupo. Após tantos anos de sucesso, Roger Hodgson resolveu puxar o carro logo após a tour de ...Famous Last Words... . Existem várias especulações sobre sua saída, e nenhuma delas convenceu na época. Alguns diziam que Hodgson se sentia musicalmente limitado (o que não se sustenta, já que seus discos solo são bem parecidos com o material habitual do Supertramp); até que, em uma entrevista recente, Hodgson disse que deixou a banda porque sua esposa na época não se dava bem com a esposa de Rick Davies (se fosse assim, ele poderia ter voltado quando se divorciou; a mulher de Davies causou mais problemas do que muitos poderiam imaginar, como veremos a seguir).
Davies resolveu manter a banda na ativa com o álbum Brother Where You Bound, puxado pelo single "Cannonball" – uma música de 16 minutos (a versão que toca nas rádios é cortada) com participação especial de David Gilmour, do Pink Floyd. Mas a coisa, ao vivo, não ia bem. Uma das condições para o grupo manter o nome Supertramp era a de não tocar as músicas compostas por Hodgson ao vivo. Claro que Davis pouco se lixou para essa proibição e continuou executando os hits nos concertos (quem fazia a segunda voz, nessas músicas, era Mark Hart do Crowded House); afinal, seria inconcebível um show do Supertramp em que eles não tocassem "Take the Long Way Home" e "The Logical Song".
Em 1993, Davies tentou trazer Hodgson de volta para a banda, sem sucesso. O motivo? Ele só voltaria se a esposa de Davies, Susan, deixasse o cargo de empresária da banda. Davies não topou e a coisa ficou por isso mesmo.
Em 1997, Davies reformou o Supertramp com Helliwell, Siebenberg e Hart, mais alguns músicos de estúdio. Essa formação seguiu gravando até 2002, com o álbum Slow Motion. Mas desde então o grupo está parado, a despeito de uma nova, e igualmente fracassada tentativa de voltar à ativa com Hodgson em 2005. O último lançamento oficial deles é a coletânea dupla Retrospectable – The Supertramp Anthology, com 32 faixas remasterizadas e dispostas em ordem cronológica de 1970 a 2002.
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